sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Enganos sobre a Ilha da Magia - Opinião

Estórias como essas existem muitas.
É preciso divulgar, tomar atitudes.
Chegamos ao ponto que chegamos
por que sob ameaças, uma grande
maioria se calou.
Após o acidente da Gol, todo mundo
virou "culpado até que se prove o contrário".
Ficar doente, nem pensar!
Trabalha-se do mesmo jeito...
Os Superiores estão interessados
em mostrar pra todo mundo que
nada acontece.
Ano passado no Dia do Controlador
a Ordem do Dia do Diretor Geral
do DECEA colocou todos os cravos
possíveis na cruz, crucificando os
Controladores, na desse ano os enaltece
como se nada tivesse acontecido.
Quer cinismo maior??????

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Enganos na Ilha da Magia - Parte Final

Foi trabalhar num setor que ninguém queria. Pois é sabido que a grande
maioria corre e não quer amolação e trabalho. Infelizmente teve que
ser, na maioria das vezes autodidata, porque a INCIPIÊNCIA e/ou a
INSIPIÊNCIA sempre se mostrava mais forte para seus questionamentos.
Mesmo assim não esmoreceu. Acumulava funções, gostava do que fazia,
porque o desafio lhe motivava. Mesmo com todas as perseguições que
aquele Comandante indigesto de outrora tenha plantado juntos aos Chefes
do novo local. Uma delas é que foi proibido de fazer cursos e viagens
por um período probatório de 6 meses. Surreal, não? Mas o mais
interessante está porvir ainda nesse conto.
Trabalhando com Balanceamento e Desbalanceamento da Demanda de Tráfego
Aéreo, via os gargalos onde as coisas certamente travariam e, em
especial, viu um GARGALÃO na Ilha da Magia.
O número de HOTRANS, FRETAMENTOS, CHARTERS(DOMÉSTICOS E INTERNACIONAIS)
para aquela localidade nos períodos de alta temporada já causavam
apreensão. Somado a isso, esse nosso colega conheceu essa dificuldade
que agora o Severo nos relatou. e isso ainda era um fator de muita
preocupação.
Ele se viu em reuniões e visitas com o pessoal do ACC-CW/DO-CINDACTA II
que já expremiam toda essa ansiedade pelo aumento de demanda que todos
os anos cresce.
Chegou a sugerir re-setorizações, mudanças em trechos de AWY, horários
de SLOT para a aviação geral nos setores congestionados de CW,
relembrou e pediu a ativação da STAR para Ilha da Magia, fez e refez
modelagens, com seus parcos recursos técnicos e com irrisórios
conhecimentos de TAAM, o qual foi colocado para fazer um "curso", (uma
espécie de treinamento que foi realizado em uma semana e que ele não
pode se dedicar integralmente pois não podia prescindir de suas tarefas
rotineiras e habituais).
Bem... esse "treinamento" se deu no mês de junho e no início do mês de
julho, esse colega foi execrado do CGNA. Teve sua conta de e-mail
funcional encerrada, documentos que ele interpôs desaparecidos, acesso
ao "antigo" local de trabalho dificultado, porque nem o crachá de
identificação lhe deram. Todas as suas modelagens e estatísticas feitas
para a Ilha da Magia perdidas e até agora não encontradas.
Posto a disposição de uma Divisão do DECEA, sem motivo
técnico-operacional justificado. Sem mais uma vez ter sequer um dia de
punição em sua ficha, porque nunca houve nenhum motivo que o levasse a
isso. Mas forças ocultas e temerárias da Instituição fizeram com que
ele sofresse mais esse baque, mais essa queda!
Tentou de todas as formas se adaptar, mas com a saúde muito
comprometida entrou em parafuso e foi afastado pelo CEMAL.

Bem, essa é a "estória" que me contaram...
Se acreditam ou não o desafio agora é de vocês!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Enganos sobre a Ilha da Magia - Parte II

Devido aos seus problemas de saúde, foi encarado por outro Comandante
como um agitador, um baderneiro que queria dispensa médica para não
trabalhar e que ao apresentar as dispensas médicas, insulflava os
outros a fazerem o mesmo. Mesmo diante de toda a documentação médica,
de toda a exposição de motivos, o Comandante, acreditando que não
poderia ser desmoralizado e desautorizado e, sem ter elementos
concretos para agir disciplinarmente contra o nosso colega, castigou-o
de outra forma. Uma forma vil e sem o menor escrúpulo!
Diante de todo o cenário de inescrupuloso que se configurou, ele
entrou com pedido de movimentação por interesse particular para o
CGNA. Ele já tinha recebido vários convites para trabalhar naquele
Centro, mas com a crença que poderia se recuperar não tinha aceito até
então.
Esse gesto enfureceu o Comandante que para exercer uma modalidade de
punição, determinou uma prestação de serviço num outro DTCEA
diametralmente longe de sua residência, cerca de 120 Km ida e volta
diários, numa rotina semanal de expediente.
O pobre, "uma altura dessas do campeonato" não tinha mais nada a
recorrer e adoeceu.
Se viu sendo obrigado a mudar sua rotina, interromper sua
fisioterapia, ter sua qualidade de vida COMPLETAMENTE destruída.
Mas o requerimento seguiu, e no janeiro de 2008 ele foi classificado
no CGNA. Ele acreditava que todo o infortúnio do passado havia ficado
para trás, que começaria uma vida nova, como novos objetivos, novos
desafios profissionais. Estava lentamente arrumando a sua vida pessoal
e motivado a reconquistar o prazer que o trabalho outrora lhe trazia.

MAIS UM TERRÍVEL ENGANO!!!

TO BE CONTINUED...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Estórias que são contadas....

A partir de hoje vou publicar o que chamo de:
"Estórias que o povo conta"...
A primeira será dividida em três partes.


Enganos sobre a Ilha da Magia


Quero lhe contar uma "estória" que com certeza vai elucidar algumas
entrelinhas e verdades que muitos rezam por aí, muitos alardeam por
aqui, mas poucos sabem o quão ela representa.

Se é verdade ou ficção, você decide!

Era uma vez...

Um ATCO que em 2006, desejou morar e trabalhar na "Ilha da Magia",
terra onde ele teria, acreditava ele, maior qualidade de vida,
proximidade com a mulher amada. enfim uma virada total na vida
profissional e particular desse tal ATCO.
Ele trabalhava num DTCEA de uma cidade grande, conturbada, violenta.
Mesmo trabalhando há quase uma década naquele Destacamento, apesar de
não ser um dos mais "antigos", esse ATCO, tinha sido Adjunto do APP
por dois anos. Trabalhando e desempenhando suas atribuições com
extrema gabardia, tais qualidades e méritos lhe deram a chance de
galgar oportunidades, que nem sempre eram vistas com bons olhos, mas
que foram ratificadas até mesmo pelo despacho que seu próprio
Comandante de época havia feito em seu Requerimento de Movimentação.
O mais engraçado é que ele havia sido convidado para ser Adjunto
porque ninguém queria assumir essa função. Mas acreditando que todo o
ônus atrela o bônus, ele assumiu e cumpriu com competência o desafio.
A transferência era tida como certa e ele se preparava como podia para
migrar para o novo local, com a máxima capacitação e conhecimento que
poderia ter, já que acreditava que ao se afastar da sede e chegando
novato no local, demoraria um tempo razoável para conseguir realizar
outra capacitação ou ter oportunidades advindas da competência e
dinamismo que apresentara.
O fim de 2006 foi tenebroso para o ATC e para esse nosso colega ATCO
não foi diferente. Teve a sua transferência publicada em um dia e
revogada em outro. Associado a isso teve um tombo e rompeu ligamentos
do joelho, fraturou o côndilo da tíbia, não bastando isso teve o
diagnóstico errado de um médico militar o que obrigou buscar
tratamento médico fora da Instituição, o que já começara a ser
encarado como um ato "errado".
O início do ano de 2007 foi marcado pela sua incessante luta para
reverter o despacho final da autoridade. Ficou praticamente o mês de
janeiro inteiro indo ao DECEA, quase que diariamente para tentar
reverter a situação. Propunham-lhe que fosse por meios próprios,
arcando com as despesas de movimentação e tudo mais. Mas como poderia
fazê-lo se esse nosso colega já tinha angariado dívidas, compromissos
e até pagando tratamento médico extra-institucional. Seria por demais
extorsivo e cáustico, tanto a esse colega, quanto à sua família, até
então.
O inevitável aconteceu e a transferência não se concretizou. Sua vida
pessoal estava em colapso, sua amada não tinha mais fé em suas
desculpas. Na visão dela, a simplicidade e a racionalidade imperariam
nessas horas para se movimentar um funcionário. Ledo engano!
Percebendo que não teria mais para onde trilhar, olhou para si mesmo e
resolveu cuidar de sua saúde. Realizou uma cirurgia complicada nos
mesmos dias em que o ATC Nacional era difamado como um grupo de
sabotadores e canalhas. Os ATCO viraram os páreas de um Sistema frágil
e exposto e com ele não tinha sido diferente.
Com o casamento arruinado, dívidas e toda a sorte de coisas, ele
sempre ouvia os "conselheiros de última hora" de que era melhor se
conformar e permanecer naquele DTCEA a que outrora ele tinha dado
tanto de si.
Sucumbindo a essa quase que "unanimidade" de eventos contrários, ele
desistiu da Ilha da Magia. E depois de alguns meses, retornou ao
Serviço, por pedido próprio feito ao médico do CEMAL, mesmo andando
com auxílio de muletas, porque queria se sentir útil novamente.
Acreditava que seu trabalho teria um dos últimos recantos de
satisfação e prazer.

MAIS UM LEDO ENGANO!

TO BE CONTINUED...

sábado, 25 de outubro de 2008

Melhor, igual ou pior??????

Contas Abertas (CA) - Na época dos acidentes dos aviões da Gol e da Tam, muito se discutiu a respeito do ambiente de trabalho e da tensão na qual os profissionais exerciam suas funções. De lá para cá, o ambiente foi normalizado ou ainda tem características do passado?

Roberto Sobral – O ambiente de trabalho não poderia estar pior. Nossos controladores continuam a receber carga excessiva de trabalho e em condições ainda mais adversas. Em primeiro lugar, foram afastados todos aqueles mais experientes, portanto, melhores qualificados tecnicamente para identificar as falhas de sistemas e apontar as necessidades de correção. Estes continuam sofrendo perseguições absurdas e ilegais, e sendo afastados da função de controle de tráfego enquanto vão sendo substituídos por jovens inexperientes, que acabam comandados sob o mesmo ambiente hostil.

Segundo, a qualificação de CTA não deriva de “ordem militar”. Se uma falha do sistema de controle puser em risco a vida de passageiros, tripulantes e população sobrevoada, é dever do controlador registrar a falha em livro oficial, para que o fato se torne de conhecimento de todos e as medidas corretivas sejam imediatamente adotadas. Mas o Comando da Aeronáutica passou a cercear o dever que deriva da liberdade profissional dos controladores, impedindo até que se registrem as falhas que representam riscos para a vida humana, tudo para demonstrar uma falsa segurança apta a justificar a permanência do controle militar em lugar de uma administração civil, fato que só ocorre em países como Togo e Gabão, todos de pequeno porte na atividade.

Terceiro, embora o stress decorrente da tensão operacional seja inerente à profissão, o que não se admite é que pessoas sem condições de saúde estejam submetidas a um trabalho delicado em que milhares de vida estão literalmente no ar à espera de orientações. Sábado passado (18/10), faleceu um controlador com 30 anos de serviço na posição operacional da Torre Galeão, vítima de um ataque cardíaco fulminante. Ele sofria de sérios problemas de saúde, situação reconhecida por Documento de Informação de Saúde da própria Aeronáutica, que, de modo absurdo, mantinha aquele homem debaixo do stress de uma carga anormal de trabalho. Por ironia do destino foi sepultado no dia em que se comemora internacionalmente o dia do CTA (20/10). Estamos arrazoando sobre as causas deste falecimento, pois o controlador tinha tempo se serviço suficiente para que fosse encaminhado a atividades menos estressantes.


Texto retirado do site http://www.ocontrolador.com

Parte integrante da entrevista do Advogado da Febracta, Roberto Sobral à Revista Contas Abertas.


Será que o Comandante do DTCEA Galeão e seu "staff" serão responsabilizados administrativamente, nas esferas Civil e Criminal, por essa perda irreparável ?

Sabe-se que o caráter administrativo desse Comandante é arrogante e prepotente, mas com esse fato irrefutável fica caracterizado mais um de seus desmandos, que mancham o bom nome da Instituição.
















terça-feira, 21 de outubro de 2008

Voltei e pra ficar!!!!

O dia seguinte ao dia do Controlador foi escolhido

porque quero manifestar meu “espanto”.

Todos os anos na página do DECEA se fazia alusão

ao fato, esse ano coincidentemente não foi feita uma

única menção ao dia do Controlador.

Como tudo que incomoda, foi esquecido, deixado de lado.

Continua-se a vida como se não existisse...

É assim que as coisas são conduzidas.

Tira-se a atenção do que se considera um “problema”

na esperança de que com o passar do tempo ninguém se lembre.

E aí sim, você pode resolvê-lo...

Ninguém noticia as prisões arbitrárias, as perseguições.

Aliás, isso é notícia velha, o povo tem memória curta.

Estamos na semana do sequestro e do assassinato brutal

de um empresário, semana que vem o assunto já será outro...

As pessoas querem “soluções”, querem ilusões.

Poucos estão seriamente interessados em saber o que realmente acontece.

Enquanto nós, pessoas realmente comprometidas e que vivem

os fatos, sofremos ao ver nossos amigos, maridos e irmãos sendo tratados

de maneira injusta, como se fossem marginais, irresponsáveis.

Infelizmente nesse tempo todo que fiquei fora, nada mudou...

Oráculo, de volte e em plena forma!!!!!

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

As Forças Armadas e a aviação comercial.


O poder da farda no Brasil ainda é muito forte.
Os assuntos relacionados às Forças Armadas
são tratados com a maior delicadeza e sutileza.
Evita-se confronto, críticas e até mesmo colocar o dedo em feridas.
O que poderia ser herança do período do regime militar
é também a compreensão do quadro de renovação que o próprio
tempo se encarregou de fazer e que levou para casa aqueles
que tinham uma linha mais dura e agiam de forma arbitrária.
O governo Fernando Henrique, ele mesmo um neto de general,
demonstrou um respeito aparente e cerimonioso no convívio com a caserna.
Porém, o troco pelos anos de chumbo foi dado da forma mais perversa.
No sucateamento das Forças Armadas e no arrocho salarial
que deixou a nossa armada em situação de penúria.
Quem passava para a reserva recebia um soldo de fome,
sem a menor condição de manter uma vida digna condizente com o oficialato.
Os quartéis tiveram de adotar o regime
de meio expediente para economizar no rancho.
Foram oito anos de uma tortura chinesa sem precedentes.
Uma maldade destilada com um conhecimento profundo
de sociologia capaz de minar e destruir o fôlego de uma instituição.
É nesta linha de pensamento que chegamos ao âmago do problema
que a aviação civil atravessa. O Brasil é um dos raros países do mundo
que tem sua aviação civil regida sob a manta militar.
Aqui, o setor ainda está atrelado ao Ministério da Defesa e não ao dos Transportes.
O sucateamento promovido nas Forças Armadas durante quase uma década
teve agora seu reflexo mais evidente.
Tudo começa num obscuro relacionamento autoritário
que custou caro para a aviação comercial no início do regime militar.
A Panair do Brasil foi sua principal vítima, seguida pela Real
e mais tarde pela Cruzeiro, tudo em favor da Varig,
que se estabeleceu como uma gigante dos ares, a partir de suas raízes gaúchas,
passando por governos militares movidos a chimarrão, como foi o de Costa e Silva,
Médici e Geisel. Durante quase duas décadas,
as decisões por decreto lei tinham o poder de vida e de morte.
A Vasp, como estatal, estava proibida de crescer.
Limitava-se o seu tamanho e fechava-se o exterior e as receitas em dólar.
A Transbrasil nasceu neste mesmo arrocho e teve sobre a sua asa
uma intervenção que até hoje não foi explicada.
As regionais nasceram nas asas dos bandeirantes, com um controle territorial
e parceria com as grandes empresas. Foi o berço da TAM, tendo como sócia a Vasp,
a Rio-Sul com a Varig e a Nordeste com a Transbrasil.
O Departamento de Aviação Civil (DAC) era uma caixa-preta e
as decisões dependiam do bom humor de um brigadeiro
ou de ordens do Estado Maior. O processo democrático finalmente
chegou e a aviação civil continuou militarizada.
E foi aí que ela ficou presa na teia sucateadora dos dois governos
de Fernando Henrique Cardoso.
Já acenando que passaria o poder para os civis,
com a criação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac),
os militares, já em regime de inanição, deixaram de investir no setor.
Os níveis foram tão críticos que o Brasil esteve ameaçado de descer
do Grupo I para o Grupo II no final do governo FH,
por não ter quadros de inspeção, o que levou o governo a realizar,
em regime de urgência, contratações temporárias - que agora estão
vencendo - que ainda hoje fazem parte da base funcional da Anac.
Nos últimos 12 anos, o quadro estatístico de investimento de pessoal,
equipamentos em setores vitais para a aviação comercial,
como o controle de vôo, foi tão pífio que o sistema começou
a entrar em colapso com a falta de equipamentos e
com recursos humanos pilhados por um salário de fome.
O raciocínio correto não é que os militares sucatearam a nossa aviação comercial.
Mas que a nossa aviação teve os controles e fiscalização sucateados
por estarem sob um regime que sofreu a tortura chinesa
dos dois governos de FH. A situação foi tão grave que o processo
de criação da Anac, todo gerido pelo governo tucano,
foi postergado para a administração seguinte.
Faltou coragem para colocá-lo em campo.
Durante o regime militar a aviação esteve amarrada ao peso do lobby
dos oficiais generais. Era raro um vôo para Europa que não houvesse
na primeira classe algum oficial ou até familiares, com tratamento de supervips.
Uma fórmula que tentou se perpetuar quando a Varig montou
a super-academia de ginástica do primeiro presidente eleito pelo voto popular.
Depois, no governo FH, a velocidade inercial dos investimentos
ainda realizados nos anos de chumbo começou a perder força e
o sucateamento começou a ficar evidente.
O lobby com os militares que regiam nossa aviação perdeu
os tons nacionalistas e ganhou feições perigosamente mercantilistas.
O jogo de transição ainda continua, só que é preciso corrigir o erro histórico
de colocar a aviação comercial sob a regência militar e começar a repassá-la à sociedade civil. Hoje, a Aeronáutica está dividida.
Alguns setores querem o abacaxi de volta,
enquanto outros sabem que não há mais como ter esta gerência,
e as sinalizações do brigadeiro Juniti Saito o enquadram nesta segunda ala.
É preciso coragem para focar na origem dos problemas.
Preservar o papel da Aeronáutica neste jogo é ofuscar a presença
de um protagonista que só passou a coadjuvante há pouco mais de um ano.
O apagão aéreo começou com uma crise de caserna e com um ministro civil
que subverteu a hierarquia militar dando guarida a sargentos e cabos.
E só será resolvido com um posicionamento cirúrgico,
que afaste definitivamente a regência dos quartéis e que se profissionalize,
com salários decentes para um setor vital para um país
de dimensões continentais como o nosso.
O primeiro passo foi a criação da Anac
e o segundo é tirar da Defesa, e passar para o Transporte,
a gerência do executivo da aviação comercial.
Para isso é preciso coragem e determinação política.
Fonte: Jornal do Brasil - Claudio Magnavita 23/08/2007.
Retirado do site da ACTARJ.